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Um vez encontrava-me ao lado do padre. Um homem entrou pelas escadas que da sacristia pequena vão dar ao convento, e agarrou-se ao padre a pedir-lhe qualquer coisa.

O Padre Pio, com amabilidade, respondeu ao pedido. Mas o pobre homem, talvez porque não ficara satisfeito, deu voltas e mais voltas à questão até chegar à cela do padre.

Nunca esquecerei aquele importuno que nos impediu  a nós de dirigir uma palavrinha ao padre, nem a surpreendente humildade do padre que, não podendo satisfazer o homem naquilo que pedia com insistência, também não o quis deixar descontente com um duro raspanete, que cada um de nós considerava iminente e certeiro.

Mas não foi assim.

O padre levantou os olhos, sorriu, deu um grande suspiro e, olhando para o homem, disse: “A custo de morte, tenho de ser paciente até o fim.” “ Amigo”, continuou o padre, “ não depende de mim satisfazer teu pedido. Tenho muita pena, mas não sou o Senhor.”

A humildade e a ternura do padre serenou o interlocutor e inundou de paz o coração dos presentes.

Cada um de nós, afastando-se do convento, comentava com admiração a humildade e a paciência do padre e ninguém mais pensou naquele homem, que não nos tinha deixado espaço para falar ao Padre Pio.

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