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No Natal de 1957 sua saúde alterara-se bruscamente, e a morte de Pio XII, em 9 de outubro de 1958, afetou- o sensivelmente:
Ele sentiu a morte do Papa Pio XII com toda a dor de sua alma. Mas em seguida o Senhor o fez vê-lo na glória do paraíso.
Ao padre Domenino Mondrone, que o visita nessa época e lhe diz que parece um pouco fatigado, ele responde, sorrindo tristemente:
Só um pouco? Meu irmão, eu não aguento mais.
Na primavera de 1959, cai novamente doente:
No final do mês de abril os médicos diagnosticaram uma bronco-pneumonia. Alguns dias depois, observaram uma pleurisia, que obriga o padre a um repouso absoluto. A partir de 5 de maio, não celebra mais a Missa nem confessa. Três vezes retiraram numa punção mil e poucas gramas de serosidade. Em 4 de junho os professores Gasparini e Pontini vieram. Não prescreveram punção, mas deram-lhe medicamentos para eliminar a serosidade. O padre sofre por não poder continuar sua vida de sempre, com seu ministério espiritual para o bem das almas. Em seu quarto escuta, graças a um microfone, as celebrações que acontecem na igreja e, depois da cerimônia, dirige ao povo santas palavras e dá a todos sua benção.
Ansiosos, os peregrinos
reúnem-se no pátio da nova igreja, edificada a partir de 1954, e que Mons. Carta, bispo de Foggia, consagra em 1° de julho. Padre Pio está tão fraco que não pode assistir à cerimônia, limitando-se a celebrar a Missa na capela da comunidade, sentado em uma poltrona. Depois da Missa, seu estado piora bruscamente e é transportado para a Casa, a fim de ser submetido a novos exames e a cuidados intensivos. A emoção é grande entre os fiéis. Ludibriando a vigilância do hospital, e apesar da gravidade do estado de Padre Pio, algumas devotas conseguem introduzir-se em seu quarto, causando desordem, chegando a impedir o padre guardião do convento e alguns capuchinhos de visitar seu confrade. Então, no dia 3 de julho, o provincial ordena que Padre Pio volte para sua cela no convento. Ele obedece, especialmente porque deseja morrer entre seus irmãos na religião. Seu estado permanece crítico durante o mês inteiro. Entretanto, ainda encontra forças para, na tarde do dia 27 de julho, abrir a novena preparatória à visita da Virgem peregrina de Nossa Senhora de Fátima: chegada na Itália em 24 de abril, no dia mesmo em que começou sua doença, a estátua milagrosa faz sua segunda peregrinação na península, provocando com sua passagem um entusiástico fervor. Uma das últimas etapas previstas é San Giovanni Rotondo, de onde a venerável efígie será conduzida à Sicília, antes de voltar para Portugal.
Dia 5 de agosto à tarde a estátua chega de helicóptero no estádio municipal, onde a recebem, cercados por milhares de pessoas, o arcebispo de Manfredonia e seu clero, que depois a conduzem triunfalmente até a igreja dos capuchinhos. Durante toda a noite os fiéis sucedem-se para rezar para ela. Na manhã seguinte Padre Pio é levado em uma cadeira até Nossa Senhora: muito fraco, ainda assim consegue beijar os pés da estátua, depois recolhe-se longamente diante dela, os olhos vermelhos de lágrimas. Depois de homenageá-la com um terço oferecido por um grupo de oração, ele é reconduzido a sua cela. No início da tarde, depois de ser exposta à veneração dos enfermos da Casa, a estátua é recolocada no helicóptero, que a espera no terraço do estabelecimento. Padre Pio pediu para ser carregado até a tribuna da igreja conventual para saudá-la uma última vez: de uma janela, vê o helicóptero subir, dar em seguida três voltas sobre a multidão e depois passar sobre o convento. Ele então exclama com confiança, com um tom doloroso:
Madonna, Mamma mia, entraste na Itália e eu caí doente! Agora vais embora, e me deixas ainda doente!
Neste preciso instante:
Em um momento, o padre sentiu como que uma força misteriosa em seu corpo, e disse a seus confrades: estou curado.
Quando os peregrinos souberam da notícia desse súbito restabelecimento foi uma verdadeira explosão de alegria. As pessoas gritavam “milagre”, e o próprio Padre Pio afirma sua convicção de que foi curado por Nossa Senhora.

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