Durante a última semana de setembro, Nina Campanile foi a Pe. Paolino e pediu para falar-lhe em particular. “Você sabe que Padre Pio tem os estigmas?” perguntou ela. O superior, rindo da credulidade da professorinha do interior, explicou que as marcas que viu eram resultado do contato com o ácido carbólico. Ela discordou, insistindo que as marcas nas mãos do Padre Pio eram de origem sobrenatural.
Cinquenta anos depois, aos setenta e cinco anos, Campanile recordaria: “Em 18 de setembro estive no convento, e falei com o Padre, beijei suas mãos ao chegar e, quando ele me dispensou, não havia marcas em suas mãos”. Na tarde de sábado, ela voltou para pedir orações por uma irmã que estava com seis meses de gravidez e muito enferma da gripe (que era particularmente perigosa para as grávidas). Padre Pio assegurou a Campanile que sua irmã se recuperaria. Quando lhe deu uma oferta para a missa, ela notou uma marca em sua mão direita e comentou: “Oh, Padre, você queimou sua mão!” Ele empalideceu e escondeu a mão no hábito.
Quando ela estava prestes a partir, e, segundo o costume italiano, tentou beijar-lhe a mão, Padre Pio exclamou: “Se soubesse a humilhação que isto me causa … reze muito para que o Senhor faça com que isto desapareça”.
Pe. Paulino ainda estava cético; então Filomena Ventrella lhe informou que Padre Pio tinha os estigmas “como São Francisco”. Então o superior foi até o quarto do santo, entrou sem bater, e o encontrou à sua mesa. “Continue a escrever”, ordenou ele; “nesta manhã nada tenho a lhe dizer”. Enquanto Padre Pio escrevia, Pe. Paolino pôde dar uma olhada em suas mãos. As marcas definitivamente não eram deixadas pelo ácido carbólico. “Ao me aproximar dele, primeiro pude ver a ferida na parte de trás da mão esquerda. Não pude ver a palma da mão, pois estava assentada sobre a mesa, firmando o papel”.
Pe. Paolino deixou o quarto sem nada dizer.
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