O Padre Agustín Gemelli foi visitar o Padre Pio em abril de 1920 e considerava o Padre Pio um psicopata, um pobre enfermo, cujas feridas eram produzidas por sugestão. O Padre Gemelli, ao visitar o Padre Pio, queria ver as feridas, mas o Padre Pio, perguntou-lhe se tinha autorização por escrito das autoridades eclesiásticas e, como não a tinha, não quis mostrá-la. E, sem vê-las, fez um julgamento negativo sobre as feridas e sobre a pessoa do Padre Pio, a quem considerava, por sua grosseria, pouco menos que um doente mental. O assunto era muito importante, pois o Padre Gemelli, fundador da Universidade do Sagrado Coração de Jesus em Roma, era bem conhecido nos altos escalões do Vaticano, e sua opinião não só era levada a sério, como também era tida como autêntica. Ele, que era franciscano e médico, publicou um artigo na revista Studi francescani e também na Vita e pensiero, afirmando: As únicas feridas autênticas de origem sobrenatural são as de São Francisco de Assis e provavelmente as de Santa Catarina de Sena.
Na revista Lá Civiltá Cattolica essas afirmações foram questionadas, por se tratarem de imprecisas e temerárias, pois com isso queria excluir tantas outras estigmatizações da história e, especificamente, as do Padre Pio. O Dr. Giorgio Festa respondeu-lhe publicamente que já havia estudado as feridas do Padre Pio em várias ocasiões, notando sua natureza sobrenatural. O Doutor Festa publicou seu livro Misteri di scienza e luci di fede contra a tese exclusiva do Padre Gemelli.
Quando o Padre Pio foi questionado sobre as reivindicações do Padre Gemelli, respondeu: “Ele estava acompanhado da Srta. Armida Barelli. Falei muito pouco com ele, mas ele não viu as feridas em mim. Afirmar o contrário é desonestidade científica”.
Porém, como já observamos, as altas esferas eclesiásticas tomaram conhecimento, acreditando que tudo era uma farsa, e enviaram um visitante apostólico para esclarecer as coisas.
Livro: São Padre Pio de Pietrelcina O estigmatizado do século XX.
Padre Angel Pena
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