Grazio Forgione ficou morando em casa de Maria Pyle durante treze anos que se seguiram à morte da esposa.
E através dos relatos de Maria Pyle,ficamos conhecendo um pouco mais sobre o relacionamento entre Padre Pio e seu pai,sobre a Fé e a humildade daquele modesto camponês,homem simples porém trabalhador e dedicado à família,um autêntico pai cristão.
Maria Pyle contava,por exemplo,que Grazio tudo fazia para beijar a mão do filho,mas Padre Pio se esquivava e dizia que os filhos é que deviam beijar a mão dos pais.O mesmo sempre dissera a sua mãe,quando ela também fazia menção de beijar-lhe as mãos.
–Mas eu não estou querendo beijar a mão de um filho—Dizia Grazio Forgione.—Quero beijar as mãos de um padre!
Padre Pio achava graça,dava risada e acabava por abraçá-lo carinhosamente,beijando-lhe o rosto do dois lados e estendendo-lhe as duas mãos para que ele as beijasse.
Pouco a pouco a saúde de Grazio Forgione foi se enfraquecendo.
Finalmente,no dia 7 de outubro de 1946,dia de Nossa Senhora do Rosário,ainda em casa de Maria Pyle,veio a falecer.
Preparado para a última viagem pelo próprio filho,morreu em seus braços.
E Padre Pio,tendo nos braços o pai morto,aquele camponês humilde e pobre,de pele crestada pelo sol,de mãos ásperas e calejadas das enxadas e das foices,com sua cabecinha branca reclinada em seu ombro,admirava silenciosamente aquele pai que não hesitara em emigrar duas vezes para a América,a fim de pagar-lhe os estudos,no seminário,respeitando-lhe a vocação e a realização de seu ideal de consagrar sua vida ao Senhor.
E Padre Pio chorou.
Eram lágrimas de gratidão,de admiração,mas sobretudo lágrimas de amor,como as que havia chorado por sua mãe.
Ele sabia que um pai cristão como Grazio Forgione não estava morto.Estava vivo,no coração de Deus.
“quem crê em mim,ainda que morra,viverá.” (Jo .11/25)
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