Às vezes simplesmente recusa-se a ouvir a confissão. Assim, quando Mariella Lotti, uma menina de doze anos, ouviu-o dizer: “Vai embora, não posso te confessar”. Desesperada, ela volta à casa, pedindo explicações:
Eu poderia, mas não o faço para o teu bem. Tu quase nunca santificas o domingo e faltas ao catecismo porque teus pais te levam para passear.
Se te confessar para ouvir tuas bagatelas costumeiras, e para continuares desprezando impávida as coisas essenciais, não chegaremos a lugar nenhum.
Impressionados pela exatidão do que ele disse _ que parece provir de uma visão sobrenatural _, a menina e seus pais preparam-se para uma confissão sincera, com a firme resolução de mudar de vida.
Muitas pessoas tiveram a experiência dessa luz da verdade, dessa severidade que às vezes vira dureza. Muitas atestaram o dom que ele tinha de escrutar os corações, de ir até o fundo das consciências:
Ele possuía para esse ministério um dom especial, por cuja virtude penetrava mais facilmente nas consciências para estimulá-las e ajudá-las a reagir, a revelar- se, a exprimir-se na humildade da confissão, na sinceridade do arrependimento, na esperança da libertação. Levava os penitentes _ às vezes com uma certa brusquidão, e até recusando-lhe a absolvição, para socorrer os corações mais endurecidos _ a morrer e ressuscitar, a mudar de vida. A história conserva disso numerosos exemplos de grande interesse.
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