Por volta dos 5 anos, o futuro Padre Pio começou a passar por experiências que ultrapassavam os limites das experiências humanas normais.
Sabemo-lo pelo próprio religioso. A dado momento da sua vida, quando já era sacerdote, os seus superiores, descobrindo que nele se verificavam acontecimentos misteriosos, obrigando-o a escrever os fatos particulares que tinham ocorrido na sua vida. Como lhe repugnasse fazê-lo, Padre Benedetto, seu diretor espiritual e Padre Agostino, seu confessor, apresentaram-lhe uma série de perguntas por escrito, pedindo-lhe respostas precisas. Desse modo, Padre Pio viu-se constrangido a revelar os segredos da sua alma.
Assim, estamos em condições de saber que, aos 5 anos, a sua vida espiritual era viva e intensa. Era alimentada pelos ensinamentos de sua mãe e do pároco, mas, sobretudo, por sugestões de outros seres espirituais misteriosos, com os quais já tinha uma grande familiaridade.
Padre Agostino, seu confessor, escreveu: “Os êxtases e as aparições, em Padre Pio, começaram durante o quinto ano da sua vida… e foram contínuos. Interrogado sobre como tinha conseguido ocultá-los durante tanto tempo, respondeu com candura que não os tinha manifestado porque julgava que eram coisas comuns, que sucediam a todas as almas”.
Padre Benedetto, seu diretor espiritual, dá-nos a saber que, aos 5 anos, Francesco consagrou a sua vida ao Sagrado Coração de Jesus. Fê-lo certo dia, quando se encontrava sozinho na Igreja. Jesus apareceu-lhe em seguida, no altar-mor, fez-lhe sinal para se aproximar e pousou-lhe a mão na cabeça, em sinal de afeto e de agrado pela consagração que o pequeno Francesco fizera.
Um dos seres que lhe apareciam com maior frequência era o Anjo da Guarda, que ele passará a chamar desde então, em várias cartas, “o doce companheiro da minha infância”.
O Padre Agostino, seu confessor, refere que, a par das aparições e dos êxtases, a partir dos 5 anos de idade, Francesco começou a ser atormentado pelo demônio, que lhe aparecia vestido de homem ou de besta, “sob formas altamente obscenas”, assumindo muitas vezes a aparência de pessoas que lhe eram queridas.
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