Outro estrondoso caso de cura foi o do Dr. Antônio Scarparo, cirurgião cancerologista. Em princípio de 1962 ele próprio contraiu a doença da qual era especialista. Um tumor maligno se alastrara pelo corpo.
_ Quanto tempo de vida vou ter ainda? _ quis ele saber do radiologista.
_ Para ser sincero _ foi a resposta _ se tudo correr bem, poderá ter uns três meses. Convém que a família se prepare para o inevitável.
A irmã dele se lembra então do padre Pio, e o leva às pressas a San Giovanni Rotondo. Desesperada, lhe suplica o milagre que parece impossível.O médico, realmente, se encontra reduzido a um farrapo humano: as maçãs do rosto caídas, sombras escuras por baixo dos olhos e uma pele ressequida e lívida estendida como um pergaminho sobre seus braços, pernas e costelas.
_ Padre Pio, me alcance esta graça… Tenho três filhas menores … _ súplica ele, com a fronte porejada de suor, as pálpebras tremendo.
_ Não disse Jesus _ intervém a irmã _ que se tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão transportar até montanhas?
_ Mas você tem essa fé? _ pergunta o Padre, fitando o médico nos olhos.
_ Eu não, mas o senhor tem _ responde Scarparo.
Ah, entendi. Sua fé então não chega a ser do tamanho de uma semente de mostarda. O que o preocupa são suas filhas menores…
_ Padre _ suplica ele _ , pense um pouco: os médicos não me dão mais que três meses de vida. O que vai ser de minhas filhas?
_ Bem, meu caro, isto são os médicos que dizem. Volte para a casa e fique tranquilo.
No dia 19 de março, Scarparo manda fazer novas radiografias dos pulmões. E então a surpresa. As metástases, nitidamente visíveis nas chapas de 19 de fevereiro, não aparecem mais. Scarparo sente-se em perfeita forma. Fora de si de alegria, sem proferir uma palavra, dá livre vazão às lágrimas. Mas está longe de suspeitar da nova surpresa que lhe está reservada. Um ano depois, às três filhas menores, vem somar-se um menino… contra as previsões dos médicos que não poderia ter mais filhos.
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