Já havia algum tempo que eu notava uma pequena inchação do lado direito de meu pescoço e julgava tratar-se de algum gânglio enfartado – conta Rosita Ardone.
— Finalmente, ao procurar um médico, ele verificou tratar-se de um tumor e resolveu cauterizá-lo continua Rosita.
Ao realizar a intervenção, o médico atingiu o nervo trigêmeo que se comunica com a língua. E como se não bastasse todo esse sofrimento, submeteram-na a aplicações de “radium”, para destruir completamente o tumor. Em seguida foi submetida a duas operações e finalmente seria preciso operar a língua.
— Diante desta terrível perspectiva, a minha vontade era de ir até San Giovanni Rotondo e procurar Padre Pio para lhe pedir uma orientação – relata Rosita Ardone, – Mas não tinha condições financeiras para arcar com as despesas da viagem e hospedagem. A Providência Divina veio em meu socorro e uma amiga apressou-se em me oferecer o dinheiro para pagar as despesas. Aceitei, agradecendo a bondade de Deus para comigo, através de minha amiga. Eu nunca tinha ido a San Giovanni. Cheguei à estação de Foggia às quatro horas da manhã, em pleno inverno, com neve. Estava sozinha e sentia-me completamente desprotegida. De repente, surgiram dois jovens, trajados de preto, colocando- se um de cada lado e perguntando-me: “Vai ao Padre Pio?” Respondi afirmativamente, mas não sabia para que lado me dirigir, quando os rapazes me conduziram até do lado de fora da estação, indicando-me o ônibus que deveria tomar para San Giovanni. Quando me virei, para lhes agradecer, tinham desaparecido. Ainda pensei que estivessem dentro do ônibus, sem que eu os visse entrar, mas ao chegarmos a San Giovanni todos saltaram do ônibus, menos eles. Resolvi não me preocupar mais com o fato, pois tinha que me apressar em chegar ao Convento e procurar me avistar com Padre Pio. Peguei a senha para a confissão e poucos dias depois chegava minha minha vez de conhecê-lo, de confessar-me e de conversar com o Sacerdote Estigmatizado. Ao ajoelhar me no Confessionário, Padre Pio me disse:
— Gostou?! Por eu lhe enviar meus Anjos da Guarda?!
Eram aqueles dois jovens que me ajudaram? – perguntei-lhe, estupefata.
— Sim — continou Padre Pio, – Mandei-os, porque você merecia e estava sozinha, sem saber para onde ir.
Ainda estarrecida com o rumo dos acontecimentos, consegui explicar ao Padre o meu problema de saúde, dizendo-lhe que os médicos queriam operar-me a língua.
— Não, minha filha, isto não será necessário — disse-me. E erguendo as mãos para o Céu, continuou:
— A misericórdia de Deus está sobre você. E vou rezar muito por você. Você merece. Continue a trabalhar pelo bem.
E quando você precisar, não é necessário vir até aqui. Mande seu Anjo da Guarda … e quando sentir um perfume, estarei ao seu lado.
Na realidade, eu já havia sentido muitas vezes aquele perfume de que me falava. Fiquei curada. E depois de alguns anos, como continuasse a sentir dores no nervo trigêmeo, ouvi do Padre, as seguintes palavras:
— Voce pediu para sofrer pela conversão dos pecadores. Bem-aventurada é você que sofre. Não pode imaginar o que Jesus está preparando para você, lá em cima!

Livro: Quem é Padre Pio?
Lilá Sant’Anna
Página 167

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