O padre Pio dedicou grande parte de seu ministério sacerdotal à administração do sacramento da penitência. Em seu confessionário, frequentado durante anos por milhares e milhares de pessoas, tornou-se quase visível, sob o símbolo sacramental, a atividade do próprio Cristo, do qual se tem um reflexo nos tons graves e por vezes revolucionários usados por ele.
Um jovem suíço sai exultante da confissão porque pode expor amplamente aquilo que tinha vontade de dizer e conseguiu receber todos os conselhos que desejava. Não entende uma só palavra de italiano, e nem o padre Pio conhece a língua dele.
Um outro matou a tiros de fuzil um pobre pai de família, que havia entrado em seu quintal a fim de roubar um pouco de verdura para os filhos famintos. De nada serviram as súplicas do pobrezinho, que foi morto impiedosamente. Depois de quinze anos de cárcere, o assassino aparece em San Giovanni Rotondo e se aproxima do confessionário do padre Pio. O padre é severíssimo com ele, que matou por “nada”. Depois lhe diz: “Tente ver o que você fez”. O penitente volta-se e vê no chão o cadáver do homem que havia matado muitos anos antes.

Livro: O São Francisco de nosso tempo
Luigi Peroni
Páginas 89 e 96.

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