A categoria de pessoas que o Padre gostava de atingir com as suas piadas eram, sobretudo, os médicos e os advogados.
Com os médicos, tinha uma relação maravilhosa. Era amigo de muitos, alguns famosíssimos, como os Professores Valdoni, Raimondo, Cassiano, Gasbarrini, Bacialli, Puddu, Olive Carona e Lian, que foram seus colaboradores nas várias iniciativas por ele realizadas em favor dos doentes.
Padre Pio tinha grande confiança nos médicos. “O Senhor quer que, no campo da saúde, nós sigamos na medida do possível, o conselho dos médicos”, dizia ele. “Sigam-no, e podem estar certos de que não se enganarão. Aliás, a Sagrada Escritura diz: ‘Devemos honrar o médico, por amor de Deus’.”
Repetia com frequência aos doentes: “Deixem-se operar, que eu rezarei”. Às pessoas com sofrimentos que a ele recorram, recomendava, antes de mais, que procurassem um bom médico. Contudo, não renunciava a criticar, à sua maneira, certas pretensões da ciência médica, certa segurança soberba e insolente.
Estava ele certo dia conversando com um grupinho de médicos, quando lhe disse: “Não se esqueçam das palavras da Escola de Salerno: ‘Está mais seguro um rato entre dois gatos, do que um doente entre dois médicos ‘ ”
Em outra ocasião, perguntou às pessoas que o rodeavam: “Sabem dizer-me por que razão os médicos nunca fazem greve?”. Ninguém respondeu. E ele prosseguiu: “Nunca fazem greve, porque perceberam que os doentes, mesmo sem os seus serviços, se curam igualmente, e ainda mais depressa”.
Depois acrescentou: “Honora medicum propter necessitarem” (Honra o médico, porque ele é indispensável).
Exortado por um confrade e deixar se internar na Casa Alívio do Sofrimento, para fazer alguns exames, objetos: “Mas o que você quer que os médicos saibam?”. “No entanto, o Padre fundou um hospital”, replicou o confrade. “Sim”, – respondeu Padre Pio – “mas para os doentes, não para os médicos.”
livro Padre Pio um santo entre nós/pág 485
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