Pe. Pio a Pe. Benedetto

Pietrelcina, 4 de setembro de 1910

Meu muito querido Pai,
Pela vontade de Deus, ainda continuo muito mal de saúde. Mas o que me atormenta mais do que tudo são as dores no peito. Às vezes elas são tão violentas que parece que vão partir minhas costas e meu peito. Entretanto, de vez em quando, Jesus não deixa de aliviar meus sofrimentos de outra maneira, isto é falando dentro de mim. Oh! Sim, meu querido Pai, como Jesus é bom para mim!
Que momentos preciosos! Essa é uma felicidade para a qual não acho comparação, um acontecimento que o Senhor raramente me permite experimentar, exceto no meio do sofrimento. Nessas ocasiões, mais do que em qualquer outra, tudo neste mundo me aborrece e me oprime, e nada mais desejo do que amar e sofrer.
Sim, meu querido Pai, até, em meio a grandes sofrimentos sinto-me feliz, pois parece que sinto meu coração palpitar em uníssono com o Coração de Jesus. Ora, imagine que consolação é saber quase com certeza que possuímos Jesus.
É verdade que estou sujeito a tentações muito grandes, mas confio na Divina Providência para não cair nas ciladas do Tentador. Também é verdade que com frequência Jesus se esconde de mim, mas o que isso importa? Com sua ajuda, sempre me esforçarei para ficar perto d’Ele, pois o senhor me assegurou que não é abandono da parte d’Dele, mas apenas os recursos de seu amor.
Oh! Como desejo ter alguém que me ajude nesses momentos, para aliviar minha ansiedade e abrandar as chamas que devastam meu coração!
Por favor, tenha a bondade de me responder, se quiser e não se importar, para me assegurar da verdade do que eu lhe contei até agora.
Recomende-me ao Senhor e me abençoe.

Seu,
Fra Pio

Livro Cartas do Padre Pio
Minha Biblioteca Católica
Página 24

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