Quem, no entanto, não tinha a mesma certeza sobre a santidade do padre Pio era a esposa de Campanini – Eddi Valescu, atriz romena, descendente de uma família de médicos. “Em 1959 – conta ela – eu procurava um sinal que me provasse a santidade do famoso capuchinho. Gostaria que me dissesse alguma coisa desconhecida de todos. Quando fui me confessar, eu nem pensava nisto, nem em pedir-lhe a cura da minha perna. De saída, me perguntou:
– Há quanto tempo não se confessa?
– Dois dias – respondi.
– E que fez neste tempo?
– Nada, padre. Ontem fomos a um casamento.
– E depois?
– À noite dançamos.
– Com tantos lugares para dançar, em Roma, escolheu justamente San Giovanni? Como é que consegue dançar com a perna assim?
– Acha que fiz mal, padre?
– Vá, boba, vá dançar à vontade. Esqueça a perna, nunca mais a incomodará.
Deixei o confessionário tonta de felicidade. Chegando ao hotel, sentei, e foi então que notei a minha cura total. Nada mais senti. A dor desaparecera por completo, e nunca mais voltou. Vejam, ele não se limitou a me dar a prova que eu desejava, isto é, me revelar que estava com um problema na perna, senão que a curou no mesmo instante, sem que ninguém lhe falasse.
Noutra visita a San Giovanni Rotondo, lhe pedi encarecidamente em minha oração que aparecesse à janela. Dois dias depois, na hora da confissão, me olhou firme, perguntando:
– Quantas vezes ainda vai azucrinar minha cabeça, pedindo-me para aparecer na janela? Marota!
E prossegue: “Carlo mudou de vida depois de conhecer o padre Pio. Foi uma verdadeira conversão. Muitos favores já recebemos dele, e continuamos constatando sua assistência em muitas ocasiões. Posso confirmar que antes meu marido ia pouco à igreja. E muitos colegas que, no início, o tomavam por um iluminado e o chamavam de ‘místico’, acabaram descobrindo eles também o caminho certo”.
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