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Raffaele De Maria, de Bari, recordou um episódio dos anos 1950: “A minha mulher tinha sido operada de uma mastoidite do ouvido esquerdo. Depois não foi submetida a nenhum controle médico e assim, em 1955, ela começou a acusar fortes dores e intensas vertigens, que a impediam de caminhar e de ficar em pé; às vezes perturbavam-na tanto, que tinha de se deitar.
A causa de tal situação era um tampão de colesteatoma que comprimia a parte interna do ouvido. Foi vista por muitos especialistas, alguns deles ilustres, mas nenhum conseguiu remover o tampão.
Decidi por isso dirigir-me pessoalmente a Padre Pio. Sabendo que era extremamente difícil falar com ele, devido à multidão de fiéis que o aguardava depois da Missa, esperei por Padre Pio já à entrada da clausura. Quando ele chegou, invoquei o seu nome, mais com o coração do que com os lábios, estendendo o bilhetinho na sua direção. Voltou-se lentamente para mim, pegou no pedacinho de papel e esfregou-o alguns instantes por entre os dedos, sem o ler. Depois prosseguiu caminho, sem me fazer qualquer sinal.
Regressei a Bari, desconsolado e entristecido. Encontrei imediatamente o meu pai, que me perguntou: ‘Conseguiu encontrar Padre Pio?’. ‘Consegui’, respondi eu. E ele: ‘A que horas?’. ‘Não sei’, retorqui. ‘Então lhe digo eu que esteve com ele às nove horas e dois minutos.’ Ao dizer isso, estendeu a mão direita e acrescentou: ‘Aqui está o tampão de colesteatoma espontaneamente expelido precisamente a essa hora’.
Corri ao quarto da minha mulher, que estava tranquilamente sentada diante do espelho. Inclinei-me para beijá-la nos cabelos, e fui invadido por um perfume intensíssimo. Eu conhecia o perfume de Padre Pio, mas, aturdido como estava, perguntei à minha mulher se por acaso tinha derramado um frasco de perfume na cabeça. Ela replicou: ‘Não, há meses que não uso perfume’.
Decidimos ir a San Giovanni Rotondo para agradecer a Padre Pio. A minha mulher foi confessar-se. O Padre inclinou-se para ela e acariciou-lhe a orelha com a mão”.

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