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A impressão de estigmas na vida de um santo é um prodigioso ato de amor: uma realidade que brota de um ato de livre predileção de Deus, de uma sua intervenção específica para exaltar a pessoa através do dom da “semelhança física” com o próprio Filho Unigênito, Jesus, Salvador da Humanidade na Cruz. Trata-se, portanto, de uma coisa de grandiosidade inimaginável, que glorifica e faz resplandecer essa pessoa frente ao universo visível e invisível.
O dia da impressão dos estigmas foi, para Padre Pio, o dia do seu triunfo máximo. Representou, por especial intervenção de Deus, o culminar de uma transformação espiritual, que alcançava assim uma rara plenitude. Tratava-se, portanto, de uma meta de alegria, embora estivesse, momentaneamente, enquanto durasse a condição humana espaço-temporal, impregnada de sangue e dor. Encerrava, porém, a certeza de uma especial e imensa união com o Filho de Deus, para a eternidade. Aquelas chagas, aquelas feridas que laceravam a carne, não eram sinais de castigo ou condenação, nem de ódio ou derrota. Eram o selo divino de uma predileção. O próprio Deus, com seu poder e o seu amor, tinha-se aproximado do corpo de Padre Pio e o tinha “beijado”. Não se tratava de crucifixão, mas de triunfo.
Padre Pio tinha uma visão clara e uma consciência segura deste seu estado. Por isso, embora com sofrimento, duro e lancinante, estava mergulhado numa felicidade interior quase inimaginável.

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