Comecemos com a confissão do próprio pai. O caso foi relatado por Gennaro Preziuso, que o ouviu de uma velhinha de San Giovanni Rotondo.
“Numa noite de verão – contou ela – Grazio, meu marido e eu estávamos sentados diante da porta, quando chegou padre Pio. Ficamos falando por mais ou menos meia hora. Na despedida, ele disse aos homens: “Então, amanhã, confissão, não é?”. No dia seguinte, Grazio estava aqui de novo com a gente, e meu marido lhe perguntou em tom de brincadeira se tinha obedecido ou não aos conselhos do filho. “Altrochè!” (claro que sim) – respondeu. Imagine, chegou a descobrir um pecado que eu nunca tinha confessado. Não sei como fez para saber. Vendo que eu não lembrava outros pecados da vida passada, me chamou atenção para um cometido no dia do casamento. Che I’hai mise ‘incoppa Ally Fermo a Gesù Cristo? – quando sentou Jesus Cristo sobre um copo. Notando que eu não tinha entendido, explicou como foi. Acontece que no dia do casamento, antes de sair para a igreja, o noivo passou diante de uma mesa com dezenas de cálices de licor, que deviam servir depois da função religiosa. Um pouco por alegria, um pouco para se dar coragem, mandou abaixo um daqueles copinhos, rompendo assim o jejum, que então era prescrito, desde a meia-noite, para poder comungar. O licorzinho aquele tornou-se então o lu Fermo, isto é, o ponto firme sobre o qual iria depois assentar Jesus na hora da Comunhão.
Ri gostosamente – conclui Preziuso – pensando no padre Pio, no seu jeito de falar, no seu carisma de ler nas almas o passado, no pobre Grazio e no seu ingênuo ‘pecado’, talvez involuntário ou talvez ‘necessário’ para enfrentar um tão decisivo momento como aquele”.

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