Como lemos neste livro, a participação dos Anjos na vida dos cristãos tem sua origem no relacionamento que eles têm com Deus. Eles mostram-nos a grandeza e a perfeição de Deus, simbolizando alguns dos atributos do seu infinito Ser. Em alguns, vemos o Seu poder, em outros o Seu amor ou a Sua força. Cada um deles são uma reprodução da beleza de Deus, que reflete toda a Sua perfeição. O relacionamento deles com Jesus é o de estar unido a Ele no Céu, para adorar, servir e amar a Deus; desta forma, nós compartilhamos com Eles a Vida Divina. Eles esperam por nossa salvação, para que possamos compartilhar com Eles a Visão Beatífica. Na história da Igreja, a devoção aos Anjos da Guarda remonta há muitos séculos, mas o dia especial de devoção a eles foi determinado como sendo o dia 29 de setembro; festa de São Miguel Arcanjo. Em 1411, em Valência, na Espanha, um Ofício Divino especial foi preparado, e no século seguinte, a devoção aos Anjos da Guarda espalhou-se em Portugal, onde um padre franciscano, Giovanni Colômbi, preparou um Ofício Divino mais detalhado, que foi aprovado pelo Papa Leão X, em 1518. Quando, mais tarde, esta devoção se espalhou pelo Império Austríaco, o Papa Clemente X, estabeleceu, em 1670, que fosse 2 de outubro, um dia especial de festa.
A devoção piedosa aos Anjos da Guarda é mais antiga que a dos Santos, mas na Idade Média, passou a ter uma importância extraordinária em função dos Monges, nas suas vidas de silêncio e recolhimento, privados de qualquer companhia, procuraram pela companhia dessas criaturas invisíveis, para que a presença deles trouxesse alegria e felicidade.
Nos dias de hoje, temos negligenciado a presença dessas criaturas angelicas, não sentimos mais a presença deles. Mesmo assim, eles são as companhias constantes de nossas jornadas e as testemunhas silenciosas do cotidiano de nossas vidas. É um dogma da Igreja, que cada um de nós, ao ser batizado, recebe um Anjo, que nos acompanha, inspira, e guia por todo o tempo de nossa vida inteira. A presença do Anjo da Guarda ao nosso lado, é invisível, eles são amigos que nos lembram de nossos deveres de cristãos que temos para com Deus e para com os nossos semelhantes.
A Santa Mãe Igreja desenvolveu a veneração a Eles e tem nos ensinado a viver com dignidade na presença deles.
Ela nos ensinou a voltar-nos para os nossos Anjos da Guarda nas horas tristes da nossa vida e a abandonar-nos a nós mesmos nos seus braços e a confiar-lhes, todo o nosso amor, afeto e fé. Seguindo o encorajamento da Igreja, vamos determinar-nos, como o Pe. Pio fez em sua vida, a ter mais comunicação com os nossos Anjos da Guarda e a unir-nos a estes mensageiros celestiais para que, através da ajuda deles possamos louvar ao Senhor e trazer mais almas para perto de Deus. Nós nunca deveríamos esquecer-nos de agradecer-lhes, pois que nos guiam no difícil caminho desta vida para a glória da felicidade eterna.

Livro: Padre Pio e os Anjos
Frei Alessio O.F.M.
Página 148

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