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Os grupos de oração viverão integralmente e abertamente a vida cristã, como é o desejo de Sua Santidade, se forem acima de tudo grupos de fiéis que rezam juntos.
Depois Padre Pio voltará frequentemente a este ponto: prioridade à prece em comum, ou seja, à Missa seguida da recitação do terço pelas intenções da Igreja e do Papa. Exclui categoricamente qualquer outra atividade: nem conversações, nem comentários da Escritura, nem debates. Os Grupos não são um lugar para retiros com pregações ou para conferências, mas um espaço espiritual para uma oração centrada no essencial, na Eucaristia, e despojada de qualquer busca de si mesmo graças à sobriedade de seu propósito. Exigem de seus membros uma humilde ascese, caminho seguro de progresso espiritual, e uma obediência filial à Igreja:
Por causa de seu caráter privado, não se estimou necessário solicitar a aprovação eclesiástica para se reunir em oração em torno de um sacerdote, o qual se fazia … intermediário, ou mediador, entre os fiéis e o Senhor, através da oferenda do santo sacrifício, da sua oração e da oração de todos os fiéis. Nenhuma autoridade eclesiástica os apoiou, permitiu ou aprovou, porque não têm nem devem ter a forma de uma associação: devem continuar sendo uma reunião de fiéis totalmente privada, cujos membros querem simplesmente rezar em conjunto.
Se a autoridade eclesiástica local não aprovar os grupos, só há uma solução possível: obedecer imediatamente e cessar toda atividade, abstendo-se absolutamente de fazer o menor comentário, e até de formular a menor recriminação.
Essa visão da realidade eclesial e do papel dos leigos na Igreja orante encontrará, cerca de doze anos mais tarde, a confirmação de sua retidão nas conclusões do Concílio Vaticano II. O caráter original dos grupos de oração, ao mesmo tempo inovador e respeitoso do mistério da Igreja, incita os bispos a encorajar sua formação em suas dioceses: em 1956 Mons. Montini, arcebispo de Milão (e futuro Papa Paulo VI) convida seus sacerdotes _ mais de trezentos _, reunidos em um retiro sacerdotal, a constituir grupos de oração; em 12 de setembro de 1959, por ocasião do Congresso Nacional Eucarístico de Catânia, reuniu-se o primeiro congresso italiano de grupos de oração, e constata-se a sua existência em uma dúzia de países, da França à Austrália, da Turquia aos Estados Unidos.

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