Padre Pio tinha quarenta e sete anos de idade em 25 de maio de 1934. Seus amigos acreditavam que tinha visivelmente envelhecido durante seu “encarceramento”. Sua barba estava mais grisalha, embora o cabelo, que vinha se afinando ligeiramente, mantivesse a tonalidade ruiva. Estava mais robusto, apesar da observação de Pe. Agostinho de que sua ingestão de comida não era “suficiente para qualquer um que trabalhasse com ele”. Embora dormisse geralmente menos que cinco horas por dia (duas horas durante a sesta da tarde e duas ou três horas à noite), Pe. Agostinho disse que Padre Pio nunca parecia cansado, mas sempre “ágil, jovial e amigável”. Um jornalista visitante observou que ele combinava os modos de um criador de ovelhas aos de um pastor de almas.
Padre Pio vinha sendo cada vez mais respeitado dentro da hierarquia da igreja, já que muitos luminares do Vaticano estavam agora convencidos de que realmente se tratava de um santo. Com Cesarano como arcebispo da Manfredônia, as reclamações do Clero hostil não encontravam mais ouvidos acolhedores. Por muitos anos, considerou-se que, ao menos no princípio, o Papa Pio XI tivesse uma opinião desfavorável de Padre Pio, porém os documentos que vieram à tona anos mais recentes revelam que sua preocupação central era com a desordem e a confusão que cercava o Padre estigmatizado. Parece que no tempo em que exortou Gagliardi a se aposentar, o Papa já tinha percebido que fora terrivelmente desinformado acerca de Padre Pio.
Livro: Padre Pio
A História Definitiva
C. Bernard Ruffin
Página 350
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