Acaso a ciência podia explicar também como o Padre Pio esteve tantas vezes ao longo da vida em dois lugares diferentes ao mesmo tempo?
Um dos dons mais surpreendentes do Padre Pio foi precisamente o da bilocação.
Sabemos que este não foi um fenômeno exclusivo dele. Felipe Neri, Catarina de Ricci, Pedro de Alcântara, Afonso Maria de Ligório, Antônio de Pádua e alguns outros santos da Igreja receberam o mesmo dom.
O caso do Padre Pio foi, porém, se cabe dizê-lo, o mais espetacular de todos, pela infinidade de testemunhos documentados.
Um deles foi o de dom Orione, canonizado por João Paulo II no dia 16 de maio de 2004, que assegurou ao Papa Pio XI ter visto com os próprios olhos o Padre Pio na basílica de São Pedro, em Roma, durante a beatificação de Santa Terezinha do Menino Jesus.
Não é segredo para ninguém que o Padre Pio permaneceu mais de cinquenta anos no convento de San Giovanni Rotondo, “sem mover-se” dali.
O Padre Pio vislumbrava já seu carisma da bilocação em setembro de 1915, quando escreveu uma carta a uma de suas filhas espirituais: “Percebo que esta é uma graça muito grande que o Senhor me concede: lembrar-me apenas de quem e do que Ele quer. Com efeito, o Senhor me apresenta muitas vezes pessoas que nunca vi e de quem nunca ouvi falar, com a única finalidade de que eu reze por elas, jamais ocorrendo de Ele não escutar minhas súplicas”.
Sete anos depois, enquanto conversava sobre a bilocação de Santo Antônio de Pádua com seus irmãos capuchinhos de San Giovanni Rotondo, o Padre Pio corrigiu um deles com a segurança de um especialista, convencido de que o fenômeno não passa despercebido para os santos: “É claro que eles se dão conta. Talvez não saibam se o que se move é o corpo ou a alma, mas estão plenamente conscientes de tudo o que acontecem e sabem muito bem aonde vão…”
O Padre Eusebio lhe perguntou depois em que idioma falava quando viajava ao estrangeiro. “Em italiano, é óbvio. Quantos milagres quer que eu faça se não sou o Senhor?”, explicou ele.
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