Após confessar-se, o primeiro cuidado de Abresch foi levar para lá sua mulher.
Padre – falou ela timidamente depois da confissão -, os médicos (tratava-se com três especialistas) acham que devo deixar-me operar. Que vou fazer?
Como de hábito, respondeu de acordo com o bom senso:
Pois bem, minha filha, faça o que dizem os médicos.
Mas neste caso – explicou ela, em lágrimas – nunca mais poderei ser mãe.
Padre Pio levantou os olhos ao céu e, instantes depois, com uma doçura inesquecível:
Então, nada de ferros. Ficaria arruinada pelo resto da vida.
“Voltei a Bolonha – conta ela – cheia de alegria e de esperança. Efetivamente, a partir daquele momento, as hemorragias e todos os sintomas da doença desapareceram, sem deixar o menor vestígio. Passado mais de meio ano, porém, vendo que nenhuma gravidez acontecia, meu marido procurou novamente o padre Pio, que predisse o nascimento de um filho. Podem imaginar o meu espanto ao receber de San Giovanni Rotondo um telegrama com estas palavras (ainda o conservo): Feliz mais que nunca. Prepare enxoval menino.
Eu não conseguia acreditar, pois a minha menstruação era irregular.
Certa manhã, radiante de felicidade, pude contar ao meu marido: “Esta noite o padre Pio esteve aqui, mostrando-me um berço com um bebê muito ativo”.
Nas últimas semanas de gestação, o casal foi ter com o médico, que ficou sem jeito, pois acontecera tudo ao contrário de suas previsões. Abresch procurou tranquilizá-lo:
Não sei se o doutor acredita em Deus, mas preciso lhe contar o que se passou neste meio tempo. O seu diagnóstico foi correto, sem dúvida, pois os demais médicos o confirmaram. Mas aqui deve ter havido uma intervenção…
“No dia 7 de agosto de 1931 – continua ela contando – eu ganhava um menino. Seu nascimento não me trouxe o mínimo transtorno, malgrado os prognósticos dos médicos que, aliás, deixei de consultar muito antes da gravidez. Em sinal de agradecimento lhe demos o nome de Pio. Esse menino é hoje sacerdote. O padre Pio já o tinha predito”.
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