Luigui Cavaciocchi tem todos os motivos para estar satisfeito. Alguns dias passados em Pietrelcina permitiram-lhe entrever a criança, certamente singular, mas não extraordinária, que fora o capuchinho estigmatizado de Gargano. Entretanto, há um domínio que continua totalmente impenetrável: a alma de Francesco. Como todas as pessoas que conviveram com ele, mesmo as mais próximas, ele não conhecera nada de seu caminho interior além dos efeitos que tivera sobre sua existência cotidiana. Jamais o menino falava de sua experiência espiritual e nem de sua oração, e mais tarde só fará fugazes alusões a elas. Mesmo de sua primeira comunhão nada se sabe, a não ser que a desejara ardentemente: chorou quando o pároco mostrou-se intransigente quanto ao costume de só admitir as crianças ao Sacramento da Eucaristia com a idade de onze anos. Não há dúvidas de que aproximou-se da mesa sagrada pela primeira vez em 27 de dezembro de 1899, dia em que foi confirmado pelo arcebispo de Benevento, mas não fará nenhuma menção a ela quando, incidentalmente, evocar sua confirmação.
Chorei de consolação no meu íntimo durante essa santa cerimônia, porque lembrei o que o Santíssimo Espírito Paráclito me fez sentir no dia em que recebi o Sacramento da Confirmação, dia muito especial, que não esquecerei pelo resto de minha vida. Quantas doces emoções fez-me sentir nesse dia o Espírito Consolador! Ao recordar esse dia, sinto-me incendiar com uma chama muito viva, que abrasa e tortura sem causar dor.

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