Entretanto, Padre Pio passava os seus dias dedicando-se, sobretudo, à oração. Sofria terrivelmente naquela situação.
Confiou ao seu superior: “Sou um prisioneiro inocente. Só agora compreendo como e quanto são maiores as penas dos prisioneiros inocentes, em comparação com as que sofrem os verdadeiros prisioneiros, que o são por culpas cometidas”.
Porém, não se lamentava. Escreveu Padre Raffaele, no seu Diário: “Nunca fez a mínima queixa durante os dois anos daquela dura prova; como de costume, mostrou-se sempre dócil, humilde, obediente e paciente com todos. Os que procuravam, de algum modo, confortá-lo, nunca lhe ouviram uma queixa, nem a mínima revolta contra as autoridades: tratava-se, para ele, da vontade de Deus.
A sua maior mortificação era não poder mais arrancar as almas ao pecado e conduzi-las, arrependidas, a Jesus; era não poder mais guiar as almas separadas do mundo, e que dele costumavam receber direção espiritual…
Passava os seus dias entre a Missa, que durava duas ou três horas, e o resto no coro, a rezar, ou na biblioteca, onde lia continuamente livros dos Santos Padres. Nunca ia descansar antes da meia-noite. Quando se aproximava a hora de ‘Matinas’, era ele que batia à porta dos outros religiosos, para se dirigirem à igreja, a fim rezar o Ofício; só depois se retirava para descansar”.
livro Padre Pio um Santo entre nós/ pág 384
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