Sabemos que o nosso capuchinho foi desde logo muitíssimo amado pelos fiéis e também por muitos não crentes, que se converteram em grande número.
Sabemos igualmente que foi limitado, humilhado ao longo da sua vida. E isso até poucos anos antes de sua morte, que ocorreu no dia 23 de setembro de 1968.
A Igreja como instituição pode parecer demasiado severa ao investigar os estigmas do frade, mas declara que são reais e manifestam-se em uma personalidade equilibrada tanto do ponto de vista psicológico como espiritual.
O sacrifício valeu a pena porque, no fim, o que é verdadeiro, santo e conforme com a fé não pode deixar de emergir, mesmo depois de longo tempo. Como, de fato aconteceu no dia 16 de junho de 2002, na Praça São Pedro, quando incontável multidão participou e rejubilou com a glória prestada a Deus através do seu santo extraordinário, imagem do filho, obra-prima do Espírito Santo. Por isso, se houve um Padre Gemelli ou um Dom Gagliardi reprimindo e prejudicando, também houve sempre, antes ou depois, um Dom Rossi, um Paulo VI e um João Paulo II para reabrir o caminho.
Padre Pio repetia sempre que ele era apenas um instrumento, que as intervenções extraordinárias eram obra de Deus.
À reflexão se devem acrescentar outros elementos. O primeiro de todos é o perfume que acompanhava o frade capuchinho, fato que era salientado por Dom Rossi. Assim, aquelas chagas abertas, aquelas feridas que, normalmente, deveriam provocar mau cheiro, na realidade exalavam perfume de flores que atraíam agradavelmente.
Padre Pio passava horas e horas no confessionário com tranquilidade interior e exterior, mesmo esmagado pela sua noite interior dos sentidos e oprimido pelos pedidos de ajuda de milhões de pessoas. Levado por uma força extraordinária, as suas chagas não se curam, como não infeccionam até seu desaparecimento, pouquíssimos dias antes da sua morte.
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