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Por quanto nos é dado saber através das biografias dos santos sacerdotes, estes, quando confessavam, acolhiam os penitentes com extrema bondade, com compreensão e gentileza, solícitos, no desejo de desempenhar o papel de Jesus misericordioso, que acolhe de braços abertos o filho pródigo.
Padre Pio, pelo contrário, tinha um estilo completamente diferente do tradicional, que também contrastava com o seu próprio temperamento meridional, que fazia dele um indivíduo sanguíneo e impulsivo, é verdade, mas sentimental e transbordante de afeto.
Como confessor, o Padre era intransigente, austero e irado, pelo menos no primeiro encontro. Mais tarde, porém, quando já tinha suscitado no espírito do penitente sentimentos adequados ao sacramento da reconciliação com Deus, tornava-se dulcissimo, compreensível e paternal. A confissão atingia então o objetivo que o Padre desejava: mudava profundamente o penitente. Quem ia se confessar a Padre Pio, “revolucionava” a própria vida. Nunca acontecia que ficasse como antes. Caso contrário, teria de ouvir os gritos do Padre.
Escreveu o Cardeal Giacomo Lercaro: “O pecado pesava sobre Padre Pio. O pecado que ele escutava, constatava e censurava, mas para implorar sobre o mesmo a misericórdia de Deus; o pecado, que ele perdoava em nome de Deus, era uma ferida para a sua alma. Era um sofrimento interior que, às vezes, se tornava tão profundo, que não conseguia aguentar mais, traduzindo-se também em sofrimento exterior. Além disso, ele unia o seu sofrimento ao de Cristo, para que fossem perdoadas as culpas dos irmãos”.
Padre Pio unia seu sofrimento ao de Cristo.

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