Os casos de resposta a cartas, sob a forma de perfume, são em tal abundância que devemos limitar-nos a apenas dois mais, envolvendo a biógrafa americana Clarice Bruno. Como se pode ler em seu livro Caminhando com o Padre Pio, ela vivia carregada de problemas, que não sabia como solucionar. Em viagem à Itália, alguém lhe sugeriu escrever ao padre Pio, o que ela fez prontamente, expondo-lhe em detalhes a própria situação. A resposta, como era de esperar não veio de forma convencional, o que raríssimo, dada a enxurrada de cartas que recebia do mundo inteiro. Eram centenas, às vezes milhares por dia. Segundo seus biógrafos, tempos houve em que chegou a receber 110.000 cartas num mês, o que equivalia a mais de 3.600 por dia.
Em certos dias, segundo o capuchinho frei Arni Decorte, este número saltava para 10.000, além de 700 telegramas. Embora tivesse uma boa equipe de secretários conhecedores de várias línguas, esses nem sempre conseguiam compreendê-las. Na verdade, muitas não chegavam sequer a ser abertas. Padre Pio então às levava para o quarto,as empilhava num canto e rezava diante delas, pedindo a Deus que atendesse àqueles pedidos da melhor maneira possível. E as respostas iam sob a forma de perfumes.
Foi o que aconteceu também com a primeira e a segunda carta de Clarice, como se pode ver em seu livro, pp.35 – 39. As respostas chegaram durante a noite e foram sentidas também por familiares dela. Ninguém, entretanto, podia adivinhar do que se tratava. Só mais tarde, quando Clarice contou o fato numa roda de amigas é que ficou entendendo tudo: era a maneira usual do Padre Pio de responder.
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