Ao meio-dia,Padre Pio recita o Angelus na sacristia,lotada de gente.Os freis procuram manter aberto um corredor em meio às pessoas para o padre reentrar no convento.Infelizmente,fico preso entre a porta que dá para o corredor e as pessoas que,comprimidas pelo empurrão dos freis,estão na minha frente.Fico triste porque,tendo de partir para Roma nas primeiras horas da tarde,não me seria possível apresentar ao padre alguns pequenos objetos para benzer,os quais estavam dentro de uma bolsa que coloquei,antes,sobre um móvel.mas que está do lado oposto do qual me encontro agora.Ao lado da bolsa que contém objetos,pus também uma garrafa de água tirada do poço do convento,pois uma senhora de Roma me recomendara vivamente para trazê-la benta por Padre Pio para um de seus filhos,que estava doente.
E eis que Padre Pio,depois da recitação do Angelus,encaminha-se pelo estreito corredor aberto em meio a multidão.Então,levantando a voz,diz:”Bem..Bom almoço para todos…”.E depois:”Deixe-me benzer estas coisas;senão fico aborrecido,não me desembaraço disso!”.Ao dizer estas palavras,sai da passagem que os freis tinham aberto com tanta dificuldade e,atravessando por um caminho que se lhe abre na lateral,vai para junto da bolsa e a abençoa.Pego de surpresa,porque não tinha dito absolutamente nada ao padre,abro espaço como posso e digo em voz alta:”Padre,é para benzer também a água!”.E o padre,rindo,enquanto retorna à porta do convento:”Está tudo incluído! Tudo incluído!”.
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