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Porque é o Pão da Vida, Jesus promete que quem se aproximar d’Ele não terá mais fome, e quem acreditar nele já não terá sede. O Padre Pio nunca ficou saciado com a comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo. Todo o seu ser tende para a realização plena do que é celebrado e prometido em cada Eucaristia: a plenitude da Missa. Os fiéis que participam na que ele celebra ficam fascinados. Não vêem o que o Padre Pio vê. Nem ouvem os diálogos entre Jesus e o seu padre. Não penetram no mistério da crucifixão que então acontece. Vêem um padre como todos os outros padres celebrar a mesma liturgia. Mas vêem-no perdido em oração, ao mesmo tempo que totalmente presente em todos os que estão presentes. Uma potente irradiação dimana de toda a pessoa deste padre e dos gestos que ele faz em nome de Cristo e da Igreja. Nada nele é indiferente. “Não se podia assistir à missa do Padre Pio; era-se obrigado a entrar nela e a tomar parte nela”, testemunha o padre Jean Derobet. “Uma missa do Padre Pio faz mais bem do que uma missão”, afirmará o Papa Paulo VI.
Quando o Padre Pio celebra os santos mistérios, vive o que ensina num dia do Corpo de Deus: “Jesus deu-Se a nós inteiramente e sem limites. Esforcemo-nos por fazer o mesmo com Ele e saibamos dar-nos a Ele com o mesmo amor. Sabemos muito bem o que Ele nos dá quando Se dá a Si mesmo. Dá-nos o paraíso”. A propósito da Eucaristia, ele realiza o ensino de São Francisco de Sales: “Não guardeis nada de vós, para que Aquele que Se dá a vós inteiramente vos receba totalmente”.
Pela Eucaristia, Jesus tornou-Se totalmente presente no seu mistério de morte e de ressurreição. “Tomai e comei, isto é o meu corpo. […] Bebei dele todos. Porque este é o meu sangue, o sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos para remissão dos pecados”. O sacrifício de Jesus, vivido de Quinta-feira Santa até a manhã de Páscoa, é atualizado. Tanto quanto pode, o Padre Pio toma plenamente consciência do mistério e vive com todo o seu ser esta presença real do seu Senhor que salva o mundo na hora do Gólgota.
A Eucaristia, “a fonte e o cume de toda a vida cristã”, faz com que se viva o cume de toda a história dos homens, o ponto fulcral de onde toda esta história toma o seu sentido e a sua dimensão. Não há ação mais importante para a Igreja do que celebrar a Eucaristia. Quanta exigência para que toda a vida de um cristão venha nela beber como na fonte da sua vida e para que tudo o que ele vive a ela conduza como a um cume! “É preciso um dia inteiro para se preparar para a missa e um dia inteiro para a viver”, gosta de dizer o Padre Pio.
Os místicos vêem o que os nossos pobres olhos cegos não vêem, por falta de fé ou porque vivemos pessoalmente muito habituados. Jesus, no seu amor infinitamente delicado, dá-nos, as mais das vezes, a alegria dos mistérios celebrados e guarda para Si o sofrimento. No entanto, pede a alguns que se juntem a Ele na cruz. Mas a todos pede que pelo menos, não nos esqueçamos e vivamos verdadeiramente presentes.
Quando celebra, o Padre Pio vê e vive a Paixão de Jesus, desde o Getsêmani à crucifixão.

Livro: Orar 15 dias com Padre Pio.
Jean Dominique Dubois
Página 76

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