Ícone maternal, a Virgem Maria inscreve-se naturalmente em sua experiência espiritual. Ele dedica-lhe uma terna devoção, favorecida pela piedade mariana própria à Itália meridional, onde a Mãe de Deus está presente em todos os lugares, desde os tempos mais antigos. Em Pietrelcina, num oratório de Castello, sua imagem protetora é colocada entre as de Santo Antônio de Pádua e do Arcanjo São Miguel: é a Morgia, rudimentar mas cativante reprodução em cerâmica da extraordinária Libera de Cercemaggiore. Quando criança, Padre Pio ia em peregrinação a esta última localidade, situada a meio dia de caminhada de sua cidade natal, para venerar em sua igreja a bela estátua de madeira com uma face dulcíssima que, na ocasião de sua invenção, no século XIV, fez jorrar uma fonte de água cristalina. Também foi mais de uma vez a Pompéia, onde, exposta a partir de 1876 à veneração do povo, a imagem de Nossa Senhora do Rosário multiplica desde então as conversões e curas prodigiosas, como se não se cansasse de interceder permanentemente em favor dos mais pobres, dirigindo-se com particular dileção ao encontro dos pecadores, dos excluídos, dos abandonados. Ele conservou uma viva devoção por essa Virgem misericordiosa,
dirigindo-lhe suas invocações filiais e multiplicando em sua honra, sobretudo nos momentos em que o sofrimento se torna mais vivo, mais lancinante…
Quantas vezes confiei a essa Mãe as penosas angústias de meu coração agitado, e quantas vezes ela me consolou!
Nas maiores aflições, parece-me não ter mais uma mãe sobre a terra, mas ter uma misericordiosamente no céu.

Livro: Padre Pio
Das sanções do Santo Ofício ao esplendor da verdade.
Joachim Bouflet
Página 163

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