Uma devoção mariana que praticava todas as noites era a reza da Visita à Maria Santíssima, composta por santo Afonso Maria de Ligório: “Santíssima Virgem Imaculada e minha Mãe Maria, a vós que sois a Mãe do meu Senhor, a Rainha do mundo, a Advogada, a Esperança, o Refúgio dos pecadores, recorro hoje, eu, que sou o mais miserável de todos. Eu vos venero, ó grande Rainha, e vos agradeço pelas graças que me fizestes até agora, especialmente por terdes me libertado do Inferno, tantas vezes merecido por mim”. Nessas últimas palavras, sua voz fraquejava até as lágrimas, levando à comoção também os fiéis presentes na Igreja.
“Diariamente, não menos que cinco Rosários por inteiro” foi o compromisso assumido por ele. Mas, na realidade, foram raros os dias em que o capuchinho se limitou a tal número. Padre Mariano Paladino, certa vez, perguntou-lhe quantos Rosários rezava: “Quase trinta, alguns a mais, e não a menos”. “Como você faz?”, perguntou surpreso o coirmão. E padre Pio, candidamente, respondeu: “E de noite, o que você fica fazendo?”. Em outra ocasião, o capuchinho acrescentou: “Eu consigo fazer três coisas ao mesmo tempo: rezar, confessar e girar pelo mundo”.
Um de seus assistentes pessoais, padre Marcelino Iasenzaniro, testemunhou que de manhã ele tinha que lavar-lhe as mãos uma por vez, pois padre Pio nunca queria largar o terço, que amava definir como “a arma da defesa e da salvação, doada por Nossa Senhora, para ser usada contra a astúcia do inimigo infernal”. E explicava aos que estavam ao seu lado: “Se a Imaculada, em Lourdes, e ainda mais o Coração Imaculado, em Fátima, recomendaram com insistência a reza do Rosário, não significa, talvez, que esta oração tem um valor excepcional para nós e para os nossos tempos?”.

Livro: Padre Pio
O Mistério do Deus Próximo
Saverio Gaeta
Página 65

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