A voz de Padre Pio era inconfundível.
Certo dia, estava eu assistindo à Missa, em Bolzano. Naquela época, os sacerdotes celebravam de costas voltadas para o público. Quando o celebrante se virou, para dizer Dominus vobiscum, vi que era Padre Pio. Aproximei-me do altar, para ver se tinha tido uma alucinação, mas não: aquele era mesmo Padre Pio. Fiquei agitado. Terminada a Missa, corri para a sacristia, com a intenção de saudá-lo, e verifiquei que, afinal, não era ele, nem sequer alguém parecido com ele. Era uma pessoa completamente diferente.
Não sabia o que dizer. Estava certo de que não tinha tido uma alucinação. De regresso a casa, contei tudo à minha mulher: ‘Amanhã de manhã parto para San Giovanni Rotondo’. Ela ficou furiosa. ‘Vai deixar as crianças, vai me deixar, vai deixar o trabalho… Você está louco.’ Não lhe dei ouvidos, e parti. Mal cheguei, Padre Pio dirigiu-se a mim, com um tom de censura na voz: ‘já chegamos ao ponto de eu ter de te ir buscar a casa?’. Fora ele que me chamara. Queria dar-me ordens sobre certos trabalhos a fazer na sua igreja.
Livro Padre Pio um Santo entre nós/pág 448
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