Durante aquele período, Padre Pio era muito consultado pelas pessoas sobre a sorte dos soldados que estavam na frente de batalha. Muitos deles, também devido às dificuldades objetivas de comunicação, por causa dos lugares em guerra onde se encontravam, não davam notícias às famílias. Mães, jovens esposas e noivas faziam longas viagens, levando a fotografia ou algum objeto pessoal dos seus entes queridos, a fim de pedir a Padre Pio uma palavra de esperança ou uma boa notícia.
O Padre procurava contentar a todos. A dor das pessoas comovi-o…
Também ele tocava a fotografia do jovem sobre quem lhe pediam informações, fitava-a, concentrava-se e depois dava a resposta….
Padre Pio procurava notícias através do mundo sobrenatural, recorrendo, sobretudo, ao Anjo da Guarda.
Tinha uma grande confiança no Anjo da Guarda…
Ele acreditava cegamente em tudo quanto a tradição cristã sempre ensinou sobre esse tema, ou seja, que a cada ser vivo, desde o momento do seu nascimento, Deus dá um anjo da “guarda”, como “guia” e “inspirador”. Em 1915, quando o Padre ainda era muito novo, escreveu a uma filha espiritual: “Como é consolador saber que perto de nós está um espírito que, do berço ao túmulo, nunca nos deixa um instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar”.
O Anjo da Guarda dava-lhe informações precisas. “É-me garantido neste momento, pelo Anjo” – escreveu ainda à mesma filha espiritual. -, “que uma carta sua partiu ao meu encontro. O Anjo também me diz que essa carta me provocará uma dor agudíssima.”
“Falar dos Anjos era tão normal para Padre Pio como conversar sobre assuntos domésticos ou contar histórias de viagens”, comentou Padre Alessio Parente, que viveu durante muito tempo ao lado do frade de Pietrelcina. “Falava deles como se fala de pessoas queridas, vivas, amigas, membros de um grupo em que todos se conhecem e ajudam mutuamente. Mais do que devoção, o que ele sentia pelo Anjo da Guarda era familiaridade, intimidade, colaboração franca e intensa.
Ao seu Anjo da Guarda confiava as missões mais estranhas, mais delicadas e mais absurdas, e o Anjo resolvia-lhes.

Livro: Padre Pio
Um santo entre nós
Renzo Allegri
Página 406

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