“Eu disse ao Padre: ‘Poderei ser feliz, ao ver que sou tão amada e cumulada de bens por Deus. Mas a lembrança de tê-lo ofendido amargura-me o coração’.
‘Isso a torna mais agradável a Deus.’
‘Será que Jesus chorou os meus pecados no Getsêmani?’
‘Chorou.’
‘No céu, amaremos todos de igual modo?’
‘No céu, amaremos mais aqueles que mais nos tiveram amado e de quem mais benefícios tivermos recebido.’
Por Deus! Eu amarei certamente mais Padre Pio, que me formou e tirou do inferno, do que São Domingos, a quem nunca conheci. A este, amarei como filho de Deus, como irmão, mas àquele que nos regenerou em Jesus, através do amor, da sua própria Paixão… Não seria justo, e Deus é justiça! Não seria justo que eu amasse mais São Domingos do que o meu Pai.
‘Pai, mas nós poderemos estar perto do senhor?’
‘Parece burrinha! Que paraíso seria esse, se os meus filhos não estivessem todos ao pé de mim?’
Padre Pio ia muitas vezes ao paraíso para se encontrar com Jesus. Dizia ele: ‘O Senhor mostra-me as grandezas e as belezas da sua pátria, e depois me põe na rua e me diz para vir ajudar os seus filhos, que estão no exílio’.
Ele já estava no paraíso. Por isso gemia, por isso queria morrer. Não queria estar na terra. Experimenta ir ver um santo e dizer-lhe que desça do paraíso. Ele responderá: Vá você para a terra!’. Os sacerdotes da sinagoga de San Giovanni combatiam Padre Pio. Então eu fui dizer-lhe: ‘Padre, aqueles pregam contra vós, do alto dos altares’. Ele replicou: ‘Bem, rezemos então para que se aproximem do nosso crucifixo’. Mas o crucifixo também estava lá, no lugar onde eles pregavam…”
Livro: Padre Pio
Um santo entre nós
Renzo Allegri
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