Durante a Segunda Guerra Mundial, vários pilotos da aviação anglo-americana, de várias nacionalidades (ingleses, americanos, poloneses e palestinos), e de várias confissões religiosas (católicos, ortodoxos, muçulmanos, protestantes, e judeus), que se encontravam na região de Bari, para cumprir missões em território italiano, foram testemunhas de um fato muito impressionante, que se repetiu com frequência e que já referimos no capítulo 19.
Cada vez que, durante o desempenho das suas missões militares, se aproximavam da região do Gargano, nas proximidades de San Giovanni Rotondo, viram aparecer no céu um frade que, estendendo as mãos feridas, os proibia de lançar bombas. Foggia e quase todos os centros da Puglia sofreram repetidos bombardeamentos, mas, sobre San Giovanni Rotondo, não caiu uma única bomba.
Desse episódio, mais que inaudito, foi testemunha direta o general da Aviação italiana Bernardo Rosini que, nessa época, fazia parte do “Comando de unidade aérea”, que operava em Bari, ao lado das forças aéreas aliadas. “Cada vez que os pilotos regressavam das suas missões” – contou-me o general Rosini – “falavam desse frade, que aparecia no céu e dirigia os seus aviões, obrigando-os a voltar para trás. Todos riam, incrédulos, ao escutar tais relatos. Porém, como o episódio se repetia, e sempre com pilotos diferentes, o general comandante decidiu intervir pessoalmente.
Assumiu o comando de uma esquadrilha de bombardeiros, com a intenção de ir destruir um depósito de material bélico alemão, localizado precisamente em San Giovanni Rotondo. Até esse momento, nunca ninguém conseguira aproximar-se dele, devido à presença, no céu, daquele fantasma misterioso, que derrotava as aeronaves.
Depois do que estava acontecendo há algum tempo, em terra sentia-se uma grande tensão. Todos sentiam curiosidade em conhecer o resultado daquela operação. Quando a esquadrilha regressou, fomos pedir informações. O general americano estava completamente perturbado. Contou que, visto erguer-se no céu a figura de um frade com as mãos levantadas. As bombas tinham-se libertado sozinhas, caindo nos bosques, e os aviões tinham feito inversão de rota, sem a mínima intervenção por parte dos pilotos.
Todos se interrogavam sobre a identidade daquele fantasma, a quem os aviões tinham misteriosamente obedecido.
Alguém disse que em San Giovanni Rotondo vivia um frade com estigmas, considerado santo, e que talvez fosse ele próprio que desviava as naves. O general sentia-se incrédulo mas garantiu que, mal tivesse possibilidade, iria verificar o que se passava.
Depois da guerra, o general, acompanhado por alguns pilotos, dirigiu-se ao convento dos Capuchinhos. Mal atravessou o limiar da sacristia, deparou com vários frades, entre os quais reconheceu imediatamente aquele que detivera os seus aviões. Padre Pio foi ao encontro dele e, pousando-lhe uma mão no ombro, disse-lhe: ‘Então era você que queria fazer-nos ir a todos pelos ares?!’.
Fulminado por aquele olhar e pelas palavras do frade, o general ajoelhou-se à sua frente. Padre Pio tinha falado, como de costume, em dialeto de Benevento, mas o general e outros pilotos americanos compreenderam todas as palavras, e estavam convencidos de que ele falara inglês.”

Livro Padre Pio Um Santo Entre Nós/pág 512

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