Monsenhor Damiani, vigário-geral da Diocese de Salto, no Uruguai, acreditava muito em Padre Pio e tinha ido visitá-lo. Devido a sua elevada posição eclesiástica, foi-lhe permitido alojar-se no próprio convento. O Monsenhor tinha problemas de coração, e certo dia teve um ataque enquanto Padre Pio estava na Igreja, confessado sua numerosa fila de penitentes. O Monsenhor pediu àqueles que o estavam assistindo que informasse Padre Pio imediatamente. Isso foi feito com urgência, mas sem resultado. Padre Pio recebeu a mensagem e, tranquilamente, continuou com as confissões.
Quando finalmente Padre Pio veio até a cabeceira do Monsenhor, muito tempo já havia passado e a crise superada. O doente censurou-o por não ter vindo quando tinha sido chamado, mas Padre Pio disse-lhe, com muita naturalidade, que sabia não ser necessário pois o ataque não era fatal.
— Ah, como gostaria de poder ficar aqui para ser assistido pelo senhor no meu leito de morte — disse o Monsenhor.
— Não se preocupe — foi a resposta de Padre Pio —, eu irei assisti-lo onde estiver.
O Vigário-geral voltou para sua Diocese e, naturalmente contou o episódio ao Bispo e a seus amigos. Por esse motivo, eles entenderam perfeitamente a quê o Monsenhor se referia quando, numa manhã, encontraram-no agonizando e no seu criado-mudo havia um bilhete com três palavras garranchosas. A mensagem dizia: “Padre Pio veio”.

Livro: Padre Pio Histórias e Memórias
John McCaffery
Página 63

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