“Certo dia, alguém disse ao Padre: ‘Não é necessário rezar um rosário tão longo. As pessoas ficam cansadas. Basta recitar uma dezena. E também não é preciso segurar o terço. É pesado e, além disso, não é elegante segurar nas mãos aquela fiada de contas, sem graça nenhuma’.
O Padre ficou muito condoído e depois concluiu, quase em tom de súplica: ‘Façamos aquilo que sempre fizeram os nossos pais’. É impressionante! Hoje, ao fim de dois mil anos de cristianismo, depois de Nossa Senhora ter aparecido, sabe Deus quantas vezes, com a sua arma na mão, isto é, o rosário, ainda nos atrevemos a falar de modernismo.
Mas que será a nossa religião? Uma moda, que muda todos os anos e todos os meses? Ao ouvir tais palavras, o Padre quase se desfez em lágrimas. Na verdade, devemos fazer aquilo que fizeram os nossos pais: perseverar, ser constantes, para chegar finalmente ao porto onde nos espera o Senhor. Devemos ressuscitar o passado, fazer ressurgir aquilo que faziam os apóstolos e os mártires.
Estamos na era dos mártires. Todas as pessoas que são perseguidas, este governo, que se vai destruindo, tanta confusão de ideias, o predomínio de ladrões, de brigadas vermelhas, amarelas e verdes… Estamos numa época apocalíptica. A besta reina, sem nunca se mostrar. Nisso consiste a inteligência da besta. Entretanto, na própria Igreja, tanto leigos como padres dizem que ela não existe, que Satanás não existe, porque Satanás encarnou em muitas pessoas. Aí está Satanás visível, no ódio premeditado. Não é como no caso dos pecadores, que não conhecem a lei de Deus e caem. Não, são aqueles os verdadeiros diabos que se movem sobre a terra, de tal forma que o próprio demônio disse: ‘Eu já não preciso de fazer nada. Eles sabem fazê-lo melhor do que eu’.”
livro Padre Pio um Santo entre nós/pág 591
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