Com idade de 31 anos, um fato extraordinário e sobrenatural marcou a vida do Padre Pio, na manhã do dia 20 de setembro de 1918. Após a celebração da Santa Missa e exatamente no terceiro aniversário da recepção dos estigmas invisíveis, estava rezando ajoelhado diante do Crucifixo do coro da pequena Igreja, quando o Senhor Jesus lhe concedeu de maneira impressionante, a preciosa graça dos estigmas da Crucificação.
Eram perfeitamente visíveis, profundos e sangravam. Este fenômeno extraordinário atraiu a atenção de médicos, estudiosos, jornalistas, e pessoas de todas as partes do mundo, que acorreram a San Giovanni Rotondo para conhecer o Padre, ver as chagas e pedir suas orações e benção.
“O que posso dizer aos que me perguntam como aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Tenho o dever e a obrigação de manifestar o que tu fizeste em mim”! Foi na manhã do dia 20 do mês de setembro no coro, depois da celebração da Santa Missa, enquanto rezava diante do Crucifixo fui surpreendido pelo descanso do espírito, que pareceu ser um doce sonho. Meus sentidos interiores e exteriores, assim como as faculdades da minha alma, se encontraram numa quietude indescritível. Houve um grande silêncio em torno de mim e dentro de mim.
“Em seguida, senti uma grande paz e um completo abandono, configurado na privação de tudo, numa grande pobreza, e, numa vigorosa e plena disposição para enfrentar a rotina de cada dia”.
“Tudo aconteceu num instante. E quando ocorreu, vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde do dia 5 de agosto passado. Este era diferente daquele, porque sangravam suas mãos, os pés e o peito. A visão me aterrorizou pelo sofrimento do personagem, e não sei dizer o que senti naquele instante. Senti que poderia morrer se Deus não tivesse intervindo para sustentar o meu coração, o qual saltava fortemente em meu peito. A visão do personagem desapareceu e dei-me conta que minhas mãos, os pés e o peito ficaram chagados e jorravam sangue. Imagine o suplício que experimentei então e que estou experimentando continuamente todos os dias! A ferida do coração sangra continuamente. Começa na quinta feira à tarde e permanece sangrando até o sábado.
Meu pai, eu morro cada dia de dor pelo suplício e sofrimento que experimento no mais íntimo da minha alma. Que em tudo seja feita a Vontade do Senhor e nosso Deus”.
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