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Ainda sobre a bilocação temos este relato do padre Alberto D’Apolito, justamente relacionado com o tribunal do Santo Ofício, com o qual Padre Pio estava tendo problemas homéricos.
“Em 1970, dois anos depois da morte do padre Pio – conta ele – fui a Collevalenza. Pude conhecer ali a madre Esperança, a famosa irmã de origem espanhola, também ela estigmatizada, que morreria com fama de santidade em 1983. Entre nós se estabeleceu um diálogo que eu teria classificado como alucinante, se não estivesse convencido de ser ela uma santa.
_ Madre – lhe disse -, sou um capuchinho de San Giovanni Rotondo. Não quero tomar seu tempo. Peço-lhe apenas que reze pela beatificação do padre Pio.
Erguendo os olhos e fixando-os em mim, resignado:
_ Eu tenho sempre rezado por ele.
_ Conheceu-o?
_ Sim, vi-o muitas vezes.
_ Em San Giovanni Rotondo?
_ Não, nunca estive lá.
_ Onde então?
_ Em Roma.
_ Madre, isto não é possível. Padre Pio só foi a Roma uma vez, em 1917, para acompanhar a irmã dele até o convento de Santa Brígida. E a senhora naquele tempo encontrava-se na Espanha. Deve estar enganada, tomando outro frade capuchinho pelo padre Pio.
_ Não estou enganada, não. Era ele mesmo.
_ Em que ponto de Roma o viu?
_ No Tribunal do Santo Ofício, todos os dias, durante um ano inteiro. Usava luvas sem dedos. Eu o saudava, beijava-lhe a mão e, às vezes, lhe dirigia a palavra. Isto aconteceu entre 1937 e 1939, quando eu estava a serviço do Santo Ofício.
_ Madre, não me leve a mal se lhe digo que não posso acreditar.
_ Você é livre de pensar o que quiser – me respondeu com grande doçura. Repito-lhe que vi o padre Pio diariamente em Roma, durante um ano inteiro. Sempre rezei por ele, e agora rezo pela sua glorificação.

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