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Assisti à santa missa;havia muita gente. Aconteceu-me um fato curioso. No que diz respeito a certa pessoa,tinha-me saído da boca,como bom romano,um “que morra assassinado!” ,com um tanto de ressentimento por desaprovar algo que não me agradava. Eis que na sacristia,justamente pouco antes do momento da comunhão,perguntei a mim mesmo se aquela palavra podia se conciliar a comunhão. Em outro lugar,talvez,não teria sequer atentado para o caso,mas aqui,próximo do padre,a consciência me doía. O padre já tinha descido para a sacristia e estava no lavabo,rodeado de muita gente. Eu,contudo,tinha decidido não comungar. Mas eis que,enquanto tenho os olhos voltados para o padre,que estava circundado de muitas pessoas,vejo-o fixar-me e o ouço dizer,dando risadas,referindo-se a que argumento ou pessoa de que estava falando com os circunstantes,estas palavras: ‘Mate-o”.
Todo mundo ao seu redor de uma grande risada,porque o padre disse aquele “Mate-o!”com todos os sentimentos,embora brincando.
Mas como o padre continuou nesse momento a olhar para mim,eu,tão logo ele se preparou para sair e dar a comunhão,tranqüilizei-me e, com as mãos postas,segui-o,todo convencido de que aquilo que não é pecado para um santo,também não o é para um pecador.
__ Nestes dias, coloquei minha atenção nos olhos do padre,quando,durante a missa,estão voltados para a hóstia santa. Tenho a impressão de que aqueles olhos olham não a hóstia,mas penetram o mundo da hóstia.
Ontem quando ele dava a comunhão aos homens,aconteceu-lhe cair no chão uma hóstia. A queda da hóstia e a queda do seu joelho no chão com um golpe sonoro sobre o degrau do altar foi uma coisa só. Ver os seus olhos e o seu rosto voltados para a hóstia era algo impressionante. Depois de ter purificado o chão, continuou dar a comunhão.
Não consigo absolutamente entender como ele,que está esmagado pelas dores e que mal se sustenta sobre os pés feridos,tenha podido cair no chão,assim,de um golpe só,para recolher o Senhor eucarístico.

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