Não menos sensacional é a experiência do escritor irlandês MC Caffery.
“Eu – conta – senti este perfume repetidamente. Sozinho e em companhia de outros, em San Giovanni Rotondo e em lugares bem distantes, mas sempre inesperadamente, e assim sem nenhuma possibilidade de autossugestão. Geralmente o perfume transmite uma mensagem. Às vezes é como um tapinha afetuoso na cabeça.
Uma das primeiras ocasiões de que me lembro aconteceu enquanto o padre Pio confessava na igreja. Eu estava em pé no meio daquele aglomerado humano, quando senti aquela forte onda de perfume antiga. Minha primeira reação foi pensar: ‘Que tipo de mulher usaria tanto desse perfume caro ao vir aqui?’ Mas, observando à minha volta, vi pessoas se entreolhando com sorrisos de anuência e escutei uma moça dizer à sua companheira: ‘É a quarta vez nesta manhã que sinto o perfume’.
Muitas vezes ele visava com isto transmitir uma clara e inequívoca mensagem. Certa ocasião conversava eu com um cristão não católico, que tinha tentado subir a bordo de navios soviéticos, ancorados no porto de Londres, levando cópias da Bíblia em russo. Enquanto falávamos em negócios, me questionava se convinha ‘dar-lhe’ o padre Pio, a fim de que o levasse consigo para a Inglaterra. Subitamente veio aquela onda de perfume, e eu entendi que devia fazê-lo.
Outra mensagem semelhante chegou durante um almoço num restaurante de Milão. Também desta vez eu tratava de negócios com um inglês, que sabia estar passando por maus momentos na família. Esse também não era católico, e novamente eu cogitava na possibilidade de ‘lhe dar’ o padre Pio, proporcionando-lhe assim um pouco de consolo e esperança. E aconteceu de novo aquele perfume penetrante – um odor completamente diferente do ossobuco, do arroz ou de qualquer outro daqueles deliciosos pratos. Uma vez mais compreendi que o padre Pio estava ali e queria que eu fizesse o que pensava fazer, e obedeci.
Esse colega mostrou imediatamente o quanto precisava do Padre, e abriu a alma para a história dele, como uma flor ressequida se abre para a chuva de verão. Naquele momento tive a impressão de que nunca mais se sentiria tão machucado e sozinho como estivera até então”.

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