Viva Jesus! Está é a palavra interior sob a qual devemos viver e morrer”, escrevia o capuchinho em 1917, pouco depois de ter iniciado o definitivo ministério que se prolongou por cinquenta anos em San Giovanni Rotondo. E o seu amor a Cristo era tão intenso que o fazia irromper num fragmento de verdadeira poesia teológica, segundo o testemunho do doutor Francesco Di Raimondo, que narra um episódio ocorrido em 7 de setembro de 1956: “Valeu a pena o homem arcar com as consequências do pecado original, do momento em que isto provocou a encarnação de Cristo”. Por isso, não parece ser simples observação jocosa o que se lê na ficha clínica de maio de 1959, na linha reservada ao preenchimento da profissão: “Portador de almas a Cristo”!
Um dos estudiosos dos seus escritos, padre Melchiorre da Pobladura, sintetizou em seis aspectos a espiritualidade cristocêntrica de Padre Pio: Jesus, ideal de vida cristã; Jesus, modelo no qual todos devem se espelhar; Jesus, vivo nos seus mistérios; Jesus, sempre conosco; o Coração divino de Jesus; Jesus na Eucaristia. Jesus Sacramentado estava no centro da sua devoção, como dá testemunho a oração de comunhão espiritual, composta por Santo Afonso de Ligório, que Padre Pio recitava toda noite: “Meu Jesus, creio que tu estás no Santíssimo Sacramento. Amo-te acima de tudo e desejo-te na minha alma. Já que agora não posso receber- te sacramentalmente, vem pelo menos espiritualmente ao meu coração.
Como já aconteceu, eu te abraço e me uno todo a ti; não permitas que eu jamais me separe de ti!”.
Padre Pio
O Mistério do Deus Próximo
Saverio Gaeta
Página 72
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