Os ares de montanha de San Giovanni Rotondo, cidadezinha situada no planalto garganico a uns seiscentos metros sobre o nível do mar, foram um verdadeiro bálsamo para os pulmões doentes de Padre Pio. Aí pelo menos conseguia respirar…
Tudo lá em cima falava de Deus! As amendoeiras e as Oliveiras, emulando a solenidade gestual dos frades, elevavam ao céu seus braços em oração. Somente algum pastor levava as suas ovelhas até aquela altura.
O silêncio era quebrado unicamente pelo som do chocalho, pendurado ao pescoço de um carneiro, ou do sibilar do vento que anunciava a chuva.
Aquele lugar agradou muito ao Padre Pio que, imerso no recolhimento entre as cadeiras do coro, imóvel, saboreava o alívio de um pouco de frescor para seu corpo enfraquecido e para sua alma inflamada de amor…
Sua presença em San Giovanni Rotondo atraiu um “punhado de almas assíduas, fiéis que não faltavam”, desejosos de seguir o Senhor com um guia capaz e paterno…
Naqueles tempos, San Giovanni Rotondo era uma pequena cidade do Gargano, quase desconhecida. As condições de vida eram, “primordiais” e as famílias viviam em míseros tugurios. A pobreza era grande e as doenças infecciosas faziam muitas vítimas.
Hoje, San Giovanni Rotondo está se tornando uma cidade. É difícil determinar quantos são os peregrinos que todo ano chegam a esse lugar, que ficou famoso em todo o mundo por causa do capuchinho estigmatizado. Segundo alguns, são cerca de quatro até cinco milhões de presenças todo ano.
Livro: Padre Pio
O perfume do amor
Elena Bergadano
Página 77
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