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“Desde jovem, Padre Pio sempre pensou nos que sofriam”, explica o médico. ” Via neles Jesus crucificado e, como o hospital é a estrutura que acolhe a dor humana, ele queria construir um para acolher os pobres.
A primeira tentativa de realização
desse projeto teve lugar em 1925. O Padre organizou em San Giovanni Rotondo um pequeno hospital, dedicado a São Francisco, cuja vida, no entanto, foi breve. Ficou inativo e teve de fechar. Padre Pio porém continuava a pensar nos sofredores. A San Giovanni Rotondo chegavam continuamente doentes para lhe pedir ajuda, e ele sofria ao ver que eles não tinham assistência. Gostaria que todos pudessem ter um acolhimento conveniente, com médicos e enfermeiros que os tomassem a seu cargo. Continuava a pensar no hospital e, ao que parece, o próprio Jesus lhe terá pedido que o construísse, durante uma visão mística.
Imediatamente após a guerra, fundou uma sociedade, com alguns amigos e colaboradores, e começou a pensar concretamente no projeto. O local onde queria que a construção surgisse era uma pequena montanha, fronteira ao convento. Contudo, os seus olhos viam para além daquelas pedras. Na primavera de 1947, foi benzida a primeira pedra. Nove anos mais tarde, a 5 de maio de 1956, a casa foi inaugurada.
Foi nessa ocasião que o Padre me pediu para vir trabalhar com ele. A construção tinha capacidade para 300 camas. Pensávamos que fossem demasiadas. Padre Pio, porém, sabia que aquele espaço era pequeno, e começou imediatamente a fazer projetos de ampliação. A capacidade do hospital subiu para 600 lugares. Em seguida para 900. Atualmente (junho de 1999) é de 1200″.
No princípio, o hospital era classificado como “clínica particular”. Em 1971, tornou-se “hospital provincial “; em 1980, “hospital regional”; em 1991, obteve uma classificação situada ao nível máximo do sistema de saúde: “Instituto de internamento e tratamento, com caráter científico” – percurso impensável, tendo em vista que se encontra numa região afastada das grandes cidades.
“Padre Pio também tinha predito que no hospital surgiria um ‘centro de estudos internacionais’. Também esse aspecto está se realizando. Com efeito, na Casa Alívio do Sofrimento, já trabalharam em tempo integral cerca de setenta pesquisadores, e o resultado dos seus estudos, divulgado todos os anos, através de uma centena de publicações, muitas das quais são revistas internacionais, constitui uma das vozes mais prestigiadas para o mundo médico italiano. Recentemente, o nosso instituto foi protagonista na descoberta do gene responsável pela ‘hemocromatose’, doença que atinge uma em cada quatrocentas pessoas.

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