Em 1949, o Cardeal Jozsef Mindszenty, primaz da Hungria, foi feito prisioneiro pelo regime comunista do seu país e condenado a prisão perpétua, devido à sua fidelidade ao Vaticano. Foi um acontecimento que durante muito tempo, interessou a opinião pública ocidental. Houve intervenções políticas de vários governos, destinadas a libertar o ilustre purpurado, mas sem resultados.
Na prisão, o Cardeal pediu que lhe fornecessem os meios necessários para celebrar Missa, mas foram-lhe recusados. Eis então que, no dia seguinte, de manhãzinha cedo, se apresentou na cela de Mindszenty um frade capuchinho com tudo o que era necessário para a celebração da Missa. Esse frade foi visto não só pelo Cardeal, mas também pelos outros presos, que com ele viviam. Ajudou o purpurado a vestir os paramentos sagrados, ajudou-o à Missa e depois partiu, levando tudo consigo.
Este episódio repetiu- se por várias vezes e não pode ser mantido em segredo. Era extremamente clamoroso e, por isso, depois da libertação do Cardeal em 1958, alguns sacerdotes húngaros que o tinham ouvido contar por testemunhas oculares, quiseram verificar o ocorrido através de alguém autorizado. Dirigiram-se a um amigo e colaborador de Padre Pio, o Comendador Angelo Battisti, então administrador da Casa Alívio do Sofrimento. Contaram-lhe o fato e encarregaram-no de perguntar diretamente a Padre Pio se os relatos correspondiam à verdade. Battisti fez o que lhe pediam e Padre Pio confirmou as suas visitas à prisão de Budapeste.
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