Padre Pio tratava seus filhos espirituais de acordo com o que entendia ser o nível espiritual de cada um. Tendia a passar mais tempo com as pessoas que estavam bem no princípio de sua caminhada com Deus e que enfrentavam mais problemas. Costumava ser indulgente para com seus novos discípulos. Campanile se surpreendeu quando foi até ele pela primeira vez, e Padre Pio lhe deu um doce. Ela lhe perguntou o motivo, dado ser notória sua reserva quanto à comida e bebida. “Já que não os como, prefiro dá-los a você”, brincou. Campanile escreveu: “Ele conquistava as almas (…) primeiro mostrando-lhe compaixão e atendendo a seus desejos, para que não caíssem no pecado”.
Padre Pio percebeu que pessoas profundamente apegadas aos bens materiais não podiam ser subitamente divorciadas deles sem cair no perigo do desespero ou perder seu comprometimento com a vida espiritual. Explicava isso de um jeito bem terreno: “fora da merda a barata morre”. Assim que um filho espiritual progredia, Padre Pio tendia a ser mais severo, e também a passar menos tempo com ele. Quando uma mulher acusou PADRE PIO de favoritismo, ele lhe disse: “veja só, Jesus tinha três almas. A primeira ele acolheu, a segunda ele tratou razoavelmente bem e a terceira tratou mal. Qual delas você acha que ele mais amava? A que tratou da pior forma”.

Livro: Padre Pio
A história definitiva
C. Bernard Ruffin
Página 213

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