Relato de um pecador:
Há trinta e cinco anos que nada queria saber, nem de Deus, nem da Madona, nem dos santos. Levava uma vida infernal, ou antes, vida de danado. Um dia, encontrei uma filha espiritual do Padre Pio. Disse-me:
“Vá a San Giovanni Rotondo e verá!” – Pus-me a rir. “Se julga ver em mim um bocado fácil de engolir, se pensa que seu Padre me apanha como os outros, engana-se!”.
Todavia, sem saber como, esta ideia obcecava-me. Era como um perfurador que vai penetrando, penetrando. Enfim, sem poder resistir por mais tempo disse com meus botões: “Por que não hei de ir? É a melhor forma de me livrar desta obsessão!”
Chegando a San Giovanni Rotondo relata:
Ora, sou amigo do meu conforto. Como mal; durmo mal; de noite ponho-me a pensar nos meus pecados. Nunca os tinha visto de tão perto. Era um desfilar constante de pecados. Às duas horas, à minha volta, começaram a retinir despertadores. Que querem? Levantei-me como os outros. Com cólera até praguejava. Mas fui à Igreja. Impelia-me qualquer coisa de inexplicável. Esperei como os outros. Entrei como os outros. Assisti à missa do Padre Pio. Que missa! Queria defender-me, fugir, escapar…
nada a fazer – perdia o pé! A cabeça parece que me queria estalar: tremendo!
“Depois da missa, segui os homens como um autômato. Entrei na sacristia; queria ver o Padre Pio de mais perto, o padre e as chagas. Veio então direto a mim: “Não sentes sobre a cabeça a mão de Deus”? Balbuciei: Desejo confessar-me: “Vem”! Ajoelhado, sinto o vácuo na cabeça. Impossível lembrar-me de um único pecado! Via-os em montão, como lama escorregadia, mas não um a um, como me acontecera durante a noite. Por que lado começar? O Padre esperava, depois docemente animou-me: “Coragem, meu filho. Não me disseste tu tudo durante a missa? Vejamos…” E começou a enumerar todos os meus pecados, todos! Até os que ninguém conhecera, até os que eu havia, há muito, esquecido.
Só tinha a dizer: sim! Depois deu-me a absolvição. Sinto-me como uma criança, livre, livre! A minha alma canta! “Agradeça à Mãe do céu! recomendou-me o Padre Pio… Conto tudo isto para que deem graças comigo, pobre pecador…

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