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Em 1914 deflagrou na Europa o fogo da Primeira Guerra Mundial. Padre Benedetto, preocupado, escreveu uma carta a Padre Pio, pedindo-lhe informações, ou seja, se conseguia prever como viria a desenrolar-se a situação. A resposta de Padre Pio, embora não explícita, era bastante preocupante.
“Rezemos com confiança ao Pai celeste”, respondeu ele, “pelo bom êxito, porque a situação está agravando-se bastante e, se ele não lhe der remédio, a evolução será terrível. ”
Padre Benedetto e Padre Agostino continuaram a abordar esse assunto nas suas cartas, e Padre Pio respondia, demonstrando assim que o seu coração estava muito preocupado com aquilo que estava acontecendo.
“… Os horrores da guerra me deixam muito preocupado”, escrevia ele a 27 de maio de 1915 a Padre Benedetto. “A minha alma é assaltada por uma extrema desolação. É verdade que essa guerra bendita constituirá para a nossa Itália e para a Igreja de Deus uma salutar purificação. Despertará no coração italiano a fé que nele estava oculta e como que adormecida e sufocada pelas vontades enfermas. Fará brotar na Igreja de Deus, de um terreno quase desértico e seco, flores maravilhosas. Mas Deus meu, antes que isso aconteça, que dura prova nos está reservada! Temos de atravessar uma noite inteira, envolta nas mais densas trevas; nunca nossa pátria assistiu, até hoje, a noite semelhante…”
Quatro dias mais tarde, a 31 de maio envia uma carta patriótica ao padre Agostino, em que afirma estar pronto a partir, se for chamado: “A hora que todos nós estamos atravessando é solene. Até agora temos permanecido alheios à dolorosa guerra que se tem combatido há já quase um ano. Somos todos chamados a cumprir o penoso dever, representado pela guerra, por quem, nestes graves momentos, representa a autoridade constituída e rege a sorte da nossa pátria.
Todos devemos cumprir o nosso dever segundo as nossas forças. Aceitaremos com serenidade e coragem a ordem que nos vem do alto. Se a pátria nos chamar, devemos obedecer à sua voz. Se esse chamado nos impuser duras provas, aceitemo-las com resignação e coragem”.

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