Maria Winowska repetia também o caso da salvação do general Cardona, desesperado por sua derrota em Caporetto.

Certa noite, achando-se em sua barraca, Cardona tirou sua pistola, disposto a dar um tiro na própria têmpora. As sentinelas tinham ordens de não deixar passar ninguém, mas no momento crítico, irrompeu na tenda um frade franciscano que o recriminou: “Vamos, general, não cometa essa loucura!”

Encolerizado, Cardona se dirigiu à guarda para averiguar por que havia desobedecido às suas ordens. As sentinelas asseguraram que absolutamente ninguém passara diante de seus olhos. Desse modo, a ira do general cedeu diante do natural assombro. Ao voltar à sua barraca, comprovou que já não havia ninguém. Nesse momento, a ideia do suicídio se dissipara em sua cabeça. Em dias sucessivos, ouviu falar com insistência do Padre Pio. Escutou relatos desconcertantes sobre ele. Uma única ideia martelava em seu cérebro: conhecer o Padre Pio e comprovar se era o mesmo frade que o visitou aquela noite em sua tenda.

Partiu assim, esperançoso para San Giovanni Rotondo. Ao chegar à localidade, disseram-lhe ser impossível falar com o frade, uma vez que se encontrava sobre estrita vigilância médica. O general insistiu com o padre guardião: “Deixem-me ao menos vê-lo!” O guardião acabou por concordar e levou-o até o canto de um corredor por onde devia passar toda a comunidade. Chegaram os frades, silenciosos, uns atrás dos outros, com olhos baixos. O impaciente militar não tardou a reconhecer seu visitante noturno. O Padre Pio sorrindo-lhe, levantou o dedo em sinal de advertência, como se quisesse dizer-lhe: “Você se livrou de uma boa!”

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