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Veio comigo, de Roma,um jovem estudante de medicina(excelente estudante),cujo nome é Quirino;ele queria se tornar sacerdote e ingressou numa comunidade religiosa.Aí ,porém,ao invés de ser encaminhado para os estudos do sacerdócio,foi destinado para a tipografia da comunidade,na qualidade de compositor.Cansado disso e desgostoso,foi-se embora quase se afastou de todo da igreja.Era e ainda é um ótimo rapaz,honesto,estudiosíssimo,moralmente impecável.Quis conhecer Padre Pio e pediu que eu o acompanhasse.
Tão logo entrou no confessionário,pensei que o Padre o iria expulsar,pois Quirino não ia mais á missa havia anos.Fiquei,contudo,desconcertado com o fato de que se passaram alguns minutos e a confissão se prolongou.Nunca me acontecera ver uma confissão de Padre Pio que se prolongasse por tanto tempo.Depois de mais de dez minutos,vi meu amigo sair.Estava sério;as primeiras palavras que me disse foram: “Oh!…meu caro…aqui é preciso mesmo mudar de vida!”
Não perguntei mais nada.Pareceu-me por demais concentrado em algum pensamento.Disse-lhe apenas para cumprir logo a penitência recebida na confissão,mas ele respondeu: “Depois”. Insisti,relembrando que era melhor cumprir logo a penitência,mas ele replicou não ser o momento.A princípio,não o compreendi,mas o fiz depois,fora do adro da igreja,quando,após a minha insistência,disse-me que Padre Pio lhe tinha dado,por penitência, noventa terços.
Em seguida,Quirino acrescentou que cumpriria a penitência,mas somente comigo.Dessa forma,depois,em Roma,rezando um terço por dia,começamos a cumprir a penitência…dele.Por noventa dias,recitamos o terço.Algumas vezes,tarde da noite,quando eu já estava deitado,chegava Quirino que se atrasara por causa dos estudos,e eu tinha de me levantar para rezar com ele.

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