Efetivamente, para padre Pio, a consciência de que a alma é templo do Espírito Santo tinha como imediata e lógica consequência a necessidade, para todo cristão, de “não deixar espaço ao inimigo para abrir caminho de entrada no nosso espírito e contaminar este templo”. Como ajuda concreta nesse sentido, uma simples e eficaz sugestão: a oração ao Espírito Paráclito, para que ilumine “sobre três grandes verdades, especialmente: que nos faça conhecer a excelência da nossa vocação cristã; que nos ilumine sobre a imensidade da eterna herança à qual nos destinou a bondade do Pai celeste; que nos faça penetrar no mistério da nossa justificação, que de míseros pecadores nos devolveu a saúde”.
Que Deus fosse “o tudo” na vida de padre Pio emerge, claramente, através da sugestão que ele sempre oferecia aos devotos que lhe pediam conforto espiritual: “Resigne-se à vontade divina!”. A esse respeito, padre Rosário da Aliminusa teve várias oportunidades de ouvir, do próprio padre Pio, o caso que ele mesmo considerava uma grande gafe. Um homem lhe pedia com insistência que o curasse e, com a sua confirmação de que rezaria por ele, voltava a suplicar: “Não, padre, se o senhor quiser, pode me curar”. Enfim, padre Pio, com voz firme, lhe disse: “Escute, meu irmão, se eu fosse Deus, curaria não só você, mas todos os doentes”. Mas logo se corrigia: “Não, se eu fosse Deus, faria tudo como ele faz”.

Livro: PADRE PIO
O MISTÉRIO DO DEUS PRÓXIMO
Saverio Gaeta
Página 73.

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